17.11.14

Tive um amor filho de quimeras 
minhas. 
De sonhos a vapor e a carvão, 
que me deram por onde arder 
e queimar, 
e me mancharam a alma 
de negro.

Essas cinzas cheiram-me
a lavanda
e o calor das brasas da amnese
aquecem-me
como o teu corpo costumavam
fazer em madrugadas
frias.

Quero sempre recordar-te assim
Infinito
e de cigarro na mão,
na altura em que as lágrimas me eram
de amor a transbordar,
quando acreditei que veríamos os
jardins da babilónia.

O corpo doía-me de te ter
em mim.
Não da falta que me fazes.

Fui menina nesse amor,
ingénua e feliz.
Sê-lo-ia novamente.
Sê-lo-ei eternamente.

2 comentários:

  1. adorei. o final deixou-me tão mas tão triste... nem sei bem porquê... obrigado por este momentinho e por todos os teus comentários :)

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