O céu clareou. Ouvem-se passarinhos repenicar na janela do meu quarto e a luz entra pela cama que é a minha rocha salvadora nos domingos poeirentos e ocos. Como este. Como todos. Nunca sei o que te dizer quando te escrevo, mas se te escrever entendes que és lembrada, ao som do ruído do rádio do meu pai, das panelas a ferver na cozinha guiadas pela colher de pau da mãe e dos soluços estrépitos que o gato foi dando ao despedir-se dos meus pés e dos lençóis floridos que me cobrem. Sorrio porque me deixas os medos numa gaveta fechada e trancada e porque a ti, confidenciar-te-ia o mundo. Como não faço com ninguém. Um dia, qualquer dia, a qualquer hora, com qualquer marca de tabaco, com qualquer comida na mochila, com qualquer música de fundo, em qualquer sítio que se pareça um jardim... Seremos amigas. Eternas. Prometo.
adoro esta frase. é tão "assustadora e assombrosa" e faz tanto sentido na minha vida que, sempre que a leio, quase que me sinto a derreter.
ResponderEliminarO céu clareou. Ouvem-se passarinhos repenicar na janela do meu quarto e a luz entra pela cama que é a minha rocha salvadora nos domingos poeirentos e ocos. Como este. Como todos. Nunca sei o que te dizer quando te escrevo, mas se te escrever entendes que és lembrada, ao som do ruído do rádio do meu pai, das panelas a ferver na cozinha guiadas pela colher de pau da mãe e dos soluços estrépitos que o gato foi dando ao despedir-se dos meus pés e dos lençóis floridos que me cobrem. Sorrio porque me deixas os medos numa gaveta fechada e trancada e porque a ti, confidenciar-te-ia o mundo. Como não faço com ninguém. Um dia, qualquer dia, a qualquer hora, com qualquer marca de tabaco, com qualquer comida na mochila, com qualquer música de fundo, em qualquer sítio que se pareça um jardim... Seremos amigas. Eternas. Prometo.
ResponderEliminar