11.1.14


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23.24

Eu amo em trovões: com uma força bruta e de rompante. Faz barulho e assusta. Ultimamente as tempestades são frequentes e eu já desisti de procurar abrigo ou trazer guarda-chuva. Molho-me até aos ossos e choro o que quero porque ninguém vê. Vou ao fundo e deixo-me ficar por um momento. Só até ser quase tarde demais. Afogo o que me assombra. É uma agitação aparente, uma calma que me cansa. Doem-se-me os músculos. E os pulmões. 

Mas eu gosto. Antes esses que a alma.



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