"Nothing ever ends poetically. It ends and we turn it into poetry.
All that blood was never once beautiful. It was just red."
Somam-se-me as noites de chagas à alma. O teu nome soa-me a tortura e grito-o a todos os cantos de mim. O inverno da inópia da tua voz troveja-me ao coração. Se me dói, porque é que te deixo ser em mim assim? Padeço madrugada após madrugada, com o corpo ermo de ti, asfixiada na barbaridade que é gostar-te desta forma tão sem medida. Tomo nas mãos débeis o que me macula o coração e escrevo sobre amor com as palavras que leio nos livros desde os sete anos. Queria ser escritora de histórias quando as lia, acabei por tornar-me numa cronista de amores falhados. O que de melhor tenho hoje é saber fazer soar a poesia e benesse aquilo que me corrói. Mas não há nada de bonito nestas noites de comiseração pelo que me falta, nestes lençóis que cheiram a lavado. Não há nada de bonito aqui. São as palavras que enganam. Soa bonito, mas é feio. Amar é um desatino.
E eu só quero tréguas deste amor. Tréguas e uma noite descansada.
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Não é o amor uma contradição. Só um bafejo que desatina e não morre..
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