Das coisas que sei:
1. A saudade dói-me mais em português. Talvez seja por isso que a ti não te custa tanto. Devia ter aprendido mais contigo. Devia ter prestado mais atenção às palavras que me pronunciavas em francês em vez de me perder no narcótico movimento dos teus lábios e na vontade que tinha de os ter nos meus.
2. Dentro de sete anos os nossos corpos terão renovado todas as células que nos compõe e seremos nós, sendo outros. Um tu e um eu cujas peles nunca se tocaram. E parece-me tudo tão triste e tão catártico sem esse resto de ti em mim. Perder-te, perco-te aos poucos. Perder-te-ei durante os sete anos que se seguem. Perco-te assim, humildemente, porque não te sei perder de outra forma.
3. Falta de amor pela cama doeu-me sempre mais sob a taciturnidade da noite. Mas isso era antes de ti. Agora as madrugadas e manhãs pesam-me mais. O sono já não cura. Era suposto doer mais à noite, mas esta manhã o relógio marcava oito horas quando me deixei desmoronar. Eram oito da manhã e os lençóis estavam frios e o meu corpo mendigava pelo teu e eu não sei o que fazer comigo em manhãs assim. Eram oito da manhã quando me apercebi que, se calhar, era amor. E eu nunca to disse. Não creio que tivesses gostado de o ouvir. Eu teria gostado de o dizer.
A língua mais bonita do mundo é a francesa... E a renovação das células talvez não passe por ela. Nem pelos beijos. Nem pelos toques repugnantes de lençóis com falta de cheiro.
ResponderEliminarTudo é tão tu hoje.
é verdade! Neste caso fez-me feliz, muuuito feliz de novo :)) um beijinho querida*
ResponderEliminarOuvir alguém falar francês faz-nos apaixonar logo, penso que seja do som que sai pela boca de cada um. E as células? as células são somente teoria fisica porque na prática é os sentimentos que nos movem. beijinho minha querida, segui-te <3
ResponderEliminarAdorei, adorei, adorei!!
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