Se choro às vezes, são sequiosas as lágrimas que me corroem os poros e reflectem a alma em cores quentes. Choro porque já não se me assoma à memória a sensação de ter o teu torso lasso sobre o meu corpo puro e miserável na falta do pouco que me davas. Choro porque o cheiro de ti, dessa pele que te guarda, vagueia ainda nas gavetas da minha roupa de dezembro, e quando lavar as malhas do nosso amor num dia frio, perder-se-à para sempre. Choro, porque te perco aos poucos todos os dias, e não saberei recordar essas partes de ti em breve. Choro porque já não te sinto, porque há muito que não te sentia, porque me vives em poemas mas não há poesia que te traga de volta, nem prosa, nem amor. Matam-me os tempos felizes que já lá vão, enquanto aguardo a morte factual no caos que se tornou esta míngua de ti.
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Adoro completamente a tua escrita.
ResponderEliminarGostei, texto intenso, e palavras fortes. Nunca desistas, força :)
ResponderEliminarr: É mesmo, concordo com o que dizes-te.
ResponderEliminarOra essa, não precisas de agradecer, apenas sei o que passas :)
gostei imenso do texto. muita força*
ResponderEliminarSempre que estou longe desta nobre casa, que me acolhe sem pedir muito e me dá muito sem dizer nada, sinto falta do teu acolhimento no sofá primordial, do teu chá com bolachas doces e do olhar que trocas comigo quando tocas o teu mundo com o díspare do meu. Não sei lidar com as pessoas e depois apareces tu...Que me fazes gostar mais da terça-feira porque te leio hoje e porque não podia ser amanhã ou depois. Toda a vida me fez falta alguém como tu. Do teu tamanho. E com o teu sorriso d'alma.
ResponderEliminarGostei do teu texto, embora me soe a derrota.
ResponderEliminarNunca deixes de lutar por aquilo em que acreditas, de contrário, a vida perde o sentido.
Jessica, obrigado pelo teu comentário, só assim me foi possível chegar aqui.
Beijo.