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Robbers by The 1975 from Tumblr |
Dos amores antigos que nos deixam lições valiosas e um coração dorido:
Tinha seis ou sete anos quando descobri que gostava de ver coisas a arder. Sentava-me em frente à lareira e queimava papéis de rebuçado. Talvez tenha sido esse o momento em que associei a beleza à destruição, e talvez isso explique porque gostei tanto de ti. O amor que te tinha levou-me à ruína. Sempre gostei de ver o fogo destruir, e quando o nosso amor entrou em combustão, fiquei a ver-nos arder. O amor que tinha em mim era tanto que não me importei de ser destruída. Disse-te uma vez, quando os dias ainda eram nossos, que me eras como oxigénio e me enchias os pulmões de vida, e ignorei que a presença dessa substância é o primeiro passo para a combustão. Quando ardemos, achei bonito. E fiquei. Fiquei até que nada mais houvesse para arder - até que os pulmões se me enchessem de cinzas. Até eu mesma me reconhecer como parte dessas cinzas.
Depois, renasci.
Uau, super intenso este teu texto de hoje. Sem dúvida que mal comecei a ler e falou em arder e queimar despertou logo a minha atenção.
ResponderEliminarAdorei.
Um beijinho :)
talvez o amor seja fogo que arde sem se ver, como dizia Camões. o que sei é que arde. e que ao ler-te, também se me arde o coração.
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