13.59
Há sal que nos queima as feridas. Na tua pele repousa o sal que me queima a garganta quando te beijo os lábios logo após o oceano te ter beijado o corpo. Beijar-te é, portanto, uma catarse. É curar feridas que não existem ainda, é queimar por prazer, atingindo o supra-sumo da purificação num gesto tão cru e primário. Deitei-me a considerar a hipótese de que o mundo poderia ser curado com o teu amor, e acreditei. Soubesses tu o bem que me fazes, e que nos teus lábios jaz a salvação de tudo.
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