26.4.14


21.39

La poésie 
Há palavras debaixo da nossa pele 
Que rimam quando os nossos corpos se tocam,
E estações de desejo que me incendeiam a alma
Quando os teus lábios me queimam o corpo.
Gosto mais de ti do que de metáforas,
E cartografar-te-ia o corpo apenas para ter
Um motivo para me perder em ti uma e outra vez.
Há tanta coisa que eu não sei
Como o que é o amor,
Qual o tamanho do universo, 
E se o tempo existe porque alguém inventou o relógio
Ou se o relógio existe porque alguém inventou o tempo,
Mas quando o frio da madrugada me filtra o corpo
E eu acordo para procurar calor em ti,
Compreendo que os nossos corpos se entendem tão bem 
Como as nossas almas.
São quatro da manhã e eu planto beijinhos no teu pescoço,
E penso que sejam sementes de amor, 
Porque a arte que germina dos nossos corpos logo após
Não poderia ser fruto de outra coisa.
Não nos sei os detalhes, somos para mim como o universo que desconheço:
Infinito e inaudito, e carregamos galáxias na ponta dos dedos.
Mas sei que há ternura e concupiscência em nós,
Que o meu coração já não me pesa, 
As minhas mãos já não estão frias,
E não precisamos ser poetas para criar poesia.

1 comentário:

  1. É bom quando os corpos se fundem em poesias de passos compassados em que dois corações batem ao mesmo ritmo.
    Gostei mesmo muito do que aqui li hoje.

    Um Beijinho :)

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