#62
A pior crise que sofro sob o efeito desta síndrome de ti é quando, por vezes, tenho estes momentos de lucidez em que me apercebo de que não mereces nem metade do amor que te queria dar e ainda assim não sou capaz de o guardar para mim. Deixo-to aos poucos, secretamente, à porta dos olhares que me deitas quando entras na sala e eu tenho que me esforçar por segurar o coração ao peito para que não me caia de novo e se perverta em ilusões.
Se um dia sentires falta de amor, procura debaixo do tapete da entrada. Deixei todo o que tinha lá, à tua porta, quando fiquei fechada do lado de fora à chuva.
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