2.3.11

Todos os dias passas por mim. E mais do que uma vez até. 
Passas mas não ficas, não te demoras. Não há como ficar, não há porque demorar. Pareces passar subtilmente e há sempre uma certa cortesia que te segue os passos, que te faz parecer ainda mais encantador. 
Passas rápido (ou assim me parece) e mudo, e sempre que passas, passas distraído, trazes contigo aquele ar que te é ironicamente característico, aquele de quem não sabe o que provoca à sua passagem.

E, de facto, não sabes.


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