Deixam-me bem, põe-me mal. Fazem-me rir e chorar, têm a capacidade de me tirar a vontade de tudo e de me dar tamanha força que parece quase sobre-humana. Fazem-me errar por vos dar ouvidos e continuar a não acertar quando vos ignoro, fazem de mim o que querem e bem entendem e por vezes levam-me a crer que se divertem à minha custa. Fazem-me entrar em histeria e gritar de alegria com a mesma facilidade que me deixam de rastos e a gritar de agonia. Se vos apetecer estou deprimida, se preferirem estou radiante. Fazem-me amar muito mas não me deixam amar pouco, não me ensinam a amar menos. Parecem tão imutáveis e perenes num dia para no dia a seguir serem tão diferentes, ou não. Fazem questão de me relembrar que ao pé de vocês nada sou, que têm total controlo sobre mim, são um castigo permanente, diário e eterno e não gostam de se sentir indiferentes.
Odeio-vos por isso.
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