12.6.10
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textos
Um dia destes as palavras superarão os actos e os sentimentos não controlarão a razão. Aí uma promessa premanecerá uma promessa, uma jura imutável e jamais quebrável e todos terão capacidade de escolha, livre-arbítrio. Um dia, o facto de sermos nós próprios será suficiente para ter lugar num mundo que já não estará demasiado ocupado para tomar consciência dos seus actos e a verdade será comum a cada um de nós. Um dia, os sonhos vão ser mais do que isso, vão ser chamados objectivos e, nesse dia, não haverá lugar para as lágrimas, apenas para os sorrisos. Um dia, a guerra não vai passar de um jogo de computador e a fome só existirá na memória dos mais antigos. A saudade não terá lugar nem no dicionário e o amor há-de encarregar-se de pintar a vida de cada um de nós. O sentimento de imunidade vai abundar, quando esse dia chegar. As aparências não vão ser as responsáveis pelo nível de respeito que se deve a cada um, o estatudo social não terá capacidade de hierarquizar sociedades e a ganância, a pior das cegueiras, não co-habitará connosco (ou assim desejaria que fosse). E só quando esse dia chegar o Homem poderá finalmente experimentar a sensação de viver.
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