Prevalência.

Sinto uma grande necessidade de me expressar, mas torna-se realmente complicado explicar e practicamente impossível perceber. Tem dias que parece que tudo isto não faz o menor sentido. Deixei de saber lidar com esta situação, já não consigo distinguir o que me é benéfico ou não, já nem tão pouco sei dizer o que quero para mim. Nunca ninguém me disse que ia ser assim, nunca me ensinaram o que fazer neste tipo de situação, e acho até que nunca procurei saber, nunca dei a devida importância a isso. Talvez nunca tivesse considerado a hipótese de poder vir a precisar de qualquer tipo de conhecimento desse cariz. Erro meu. Acabei por me esquecer do mundo exterior para me refugiar num outro, apenas meu. Nesse meu mundo não é tão fácil deixar-me afectar, sou eu que coordeno as entradas e saídas, sou eu quem dita as regras, sou eu quem manda. No entanto, não quero nem posso permanecer lá por muito mais tempo, tenho medo de esquecer as melhores vivências por que já passei aqui, deste lado. Receio deixar escapar memórias, tenho medo que as palavras voem com o vento e a saudade ocupe, mais uma vez, o lugar destas.
Nunca ninguém disse que seria fácil, é certo. Mas também ninguém se deu ao trabalho de fazer referência ao quão difícil ia ser.