26.5.15

A cor rosada dos nossos dias
Em mim perdida num lugar que eu não sei,
E essas mãos, grandes, divinas
Caberão nelas tudo o que te dei?

E o teu cheiro morno, quem de mim o levou?
Onde ficaram as palavras minhas?
Se não me reconheço, quem sou?
Como se aquece uma cama fria?

E este amor que não quiseste, que dele faço?
As minhas noites difíceis, a quem as dou?
E as madrugadas que dormi ao teu regaço,
Chorei-as nesta dor que me ficou.

Se por ti chamo e já não vens
E o amor é como a peste,
Enferma me quedo neste chão
Na falta de tudo o que não me deste.

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