28.5.14

21.31

Tem dias que o peso do mundo se encosta a mim e faz com que a melancolia da falta se me instale nos pulmões, fazendo-me respirar saudade. Saudade - da poesia desalinhada dos teus dedos e do mel que te estancia debaixo da língua e me adoça os dias com palavras simples e beijinhos frescos. Da quietude terapêutica da tua presença. Encontrar-te foi como tropeçar nos degraus da casa perfeita, depois de passar tanto tempo a dormir à chuva. Estou em casa. Mas hoje, hoje o mundo dói um bocadinho e tenho saudades da tua voz. Hoje é um dos dias em que te perco para o dever. Demoras-te por lá, mas voltas sempre. E quando quiseres, vem. Vem sempre que quiseres, que eu quero-te sempre. E traz contigo essa tua inconsciência de ser que é quimicamente composta por paciência e carbono em quantidades astronómicas e que me sabe pela vida.




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1 comentário:

  1. Brilhante, sentido e arrepiante este teu post, ligando uma musica e deixando-me ir pelas tuas palavras é como viver em cada linha,
    Está, sem qualquer dúvida, soberbo.

    Beijinho :)

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