20.10.13

A beleza do que somos encontro-a eu em todas as pequenas coisas feias que já fizemos. Fomos sempre tão errados, subordinados e difíceis de compreender ou ignorar. Nada em nós foi alguma vez romântico, poético ou encantador. Não éramos senão dois miúdos curiosos, sozinhos numa multidão, com almas turbulentas e lábios ébrios, devotos aos sentidos. Esforçámos-nos nós por dar significado a algo que não o tinha, nessa noite amena de primavera.
A primavera cessou, e o verão também. Opostos extremos somam resultados idênticos, dizem. 

E no meio de tanta coisa errada, quem sabe se não teríamos potencial para ser qualquer coisa certa.


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