2.2.11

(...) Medo de falhar, de não ser suficientemente bom, de não haver lugar para nós. Medo de ser gozado e renegado, de arriscar e ser feliz. Mas ter medo é normal. O que não é normal, julgo eu, é nascer-se numa sociedade que no século XXI ainda corta as asas a quem deseja voar mais alto e amordaça com as correntes do pudor e preconceito os que se manifestam a favor da diferença e progresso. Porque afinal, o que a sociedade quer, é que todos sigam as regras e se tornem marionetas, como se as pessoas fossem bonecos cujos sentimentos e vontades se pudessem controlar através de um botão on/off e que depois de sentadinhos na prateleira, sossegam. A sociedade acha bem que todos se sujeitem aos padrões que alguém decidiu serem os da normalidade aos olhos do povo retrógrado e ignorante. Como se houvesse problema algum em ambicionar algo diferente, gostar de algo diferente, ser alguém diferente.



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