Afinal, o tempo acabou por derrotar o que eu um dia julguei eterno e imutável.
E penso que o que me custa mais ainda é ter a noção de tudo o que um dia já fomos e do nada que hoje somos.
E não me refiro de todo aos tempos mais remotos, refiro-me à amizade que tínhamos entre mãos nem há um ano atrás, aquela que se baseava muito em conversas estúpidas, depressivas, tardias, constantes, sinceras, desnecessárias, ridículas e sérias, por vezes difíceis, sem pés nem cabeça onde falávamos de tudo e mais alguma coisa e era tão notável a cumplicidade e o elevado nível de compreensão mútua, conversas essas que conduziam, regra geral, àquelas discussões que não duravam mais do que dez minutos e costumavam aziar-me e irritar-te.
Aquelas que eram tão nossas e nos tornavam tão nós.
Agora nós resumimos-nos a uma conversa sem o mínimo interesse, pelo menos do meu ponto de vista, quando calha e se calhar.
Enfim, acho que isto não passa de um "tenho saudades"... mas não de ti, de nós.
ps - esta música é LINDA :)
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