É estranho, torna-se até mesmo um pouco incomodativo e bizarro que não me saiba afirmar perante esta questão.
O facto de não saber dizer se te amo não me tira, no entanto, a certeza absoluta de que já te amei.
Amei-te quando foi possível, amei-te quando a força da impossibilidade se meteu no caminho, amei-te a cada lágrima, cada beijo, sussuro e momento, amei-te quando te disse tudo e quando não consegui dizer-te nem metade, amei-te nos momentos em que disse que te amava e amei-te até quando tive o direito de te odiar.
Amei-te sem ponderar um ontem ou planear um amanhã, amei-te com tudo, por tudo e acima de tudo, amei-te demasiado e só assim sinto que te amei o suficiente. Amei-te nas alturas em que me abraçaste e calaste todos os meus medos, amei-te quando senti falta do teu abraço e quem constituía grande parte do meu maior medo eras tu. Amei-te enquanto deixei que fosses o meu mundo, não sube como não te amar mesmo depois desse cargo já não te dizer respeito. Amei-te em cada partida, amei-te a cada promessa de que voltarias e sube amar-te até em cada regresso teu, aceitando todas as mudanças que essa tua estadia lá fora pudesse ter causado em ti. Amei-te a cada palavra de carinho que por minha mão para ti escrevi, amei-te até quando essas palavras se tornaram magoadas e saudosas.
Amei-te quando me consideraste a melhor e quando afirmaste ter sido a pior, amei-te enquanto foste meu e continuei a amar-te mesmo muito após o lugar de tua já não me pertencer.
Amei-te profunda e incondicionalmente, de uma forma cega, plena e até egoísta face ao meu amor-próprio que deixei ficar para segundo plano, amei-te com a inocência de uma criança mas sempre com o desejo de uma mulher, amei-te tanto em tão pouco.
Amei-te enquanto soubeste retribuir e até quando pareceste privar-me desse teu amor, amei-te a cada voto de confiança e prova de segurança.
Amei-te a cada passo que deste a meu lado, amei-te quando consideraste melhor prosseguir caminho sozinho, amei-te ontem, anteontem e no mês anterior, amei-te quando e como pude, amei-te como sabia e esperava que me amassem.
Amei-te a cada ponto e vírgula, amei-te apesar das reticências e de todos os pontos de interrogação, amei-te após o nosso ponto final, e ainda hoje temo não possuir a coragem necessária para avançar para o próximo parágrafo.
Amei-te á minha maneira, talvez um pouco incompreensível e desajeitada aos olhares de terceiros, mas amei-te desde sempre, amei-te muito e a tempo inteiro, em todas as circunstâncias e em diversas situações.
E talvez seja esse o motivo porque me custa tanto aceitar o facto de que não posso fazê-lo mais.
amei *-*
ResponderEliminar