Hoje acordei a sentir-me estranha e, de certa forma, só. Senti que não pertencia onde estava nem a quem comigo estava, senti vontade de virar as costas ao mundo e seguir apenas todas as minhas vontades. Apetecia-me, mais do que tudo, estar na tua companhia, sentir esse teu sossego e a paz de alma que me transmites, estar nos teus braços. Apetecia-me fugir contigo para longe. Talvez não para muito longe, mas longe o suficiente para me sentir a sós contigo, para me isolar num mundo só nosso, no qual me basearia para encontrar o significado das coisas mais ínfimas e efémeras. Apetecia-me que me segurasses a mão e caminhasses comigo (...). Apetecia-me fixar esses teus olhos e encontrar o que mais profundo e escondido há em ti, desvendar cada mistério e vontade, desmontando e tornando simples essa tua complexidade, conhecer-te a fundo e compreender-te por completo. Apetecia-me ficar em silêncio a contemplar-te e não pensar em mais nada para além do quão precioso cada momento, ainda que breve, pode ser. Apetecia-me perder-me para que me encontrasses, apetecia-me que me abraçasses (...).
Eu sentiria o bater do teu coração ao passo que (...) e seria esse o momento mais pleno da minha existência: aquele em que encontraria onde e a quem pertenço, e seria aí, nesse pedacinho de nada, que eu iria desejar passar o resto da minha vida.
O texto não é recente mas quando o encontrei soube trazer até mim algumas memórias. Lembro-me do dia em que o escrevi, o porquê de o ter escrevido e o que sentia nesse momento, e talvez por razões que desconheça parcialmente decidi publicá-lo. Para a próxima publico uma coisinha recente :) E aproveito a deixa para dizer as saudades que tenho dos meus xuxus (L) são muitaaaaaaaaaas !
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